É uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Observamos quatro grupos com diabetes atualmente: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional, e pré-diabetes considerado o grupo de risco que pode desenvolver a doença.
A diabetes tipo 1 corresponde 10% do total de pessoas com a doença. A diabetes tipo 2 afeta cerca de 90% das pessoas com a doença. As gestantes ainda podem desenvolver diabetes gestacional devido as mudanças no equilíbrio hormonal.
O que é diabetes tipo 1?
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo.
Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
O que é diabetes tipo 2?
O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e outros medicamentos para controlar a glicose.
Diabetes Gestacional
Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Esse processo é o considerado normal na gestante.
Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.
Como eu percebo que estou com diabetes gestacional?
O diabetes gestacional pode ocorrer em todas as mulheres e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, durante o acompanhamento pré-natal, por volta da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), é realizado um teste de estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose. O exame laboratorial irá diagnosticar ou afastar a presença da doença.
Pré-Diabetes
O termo pré-diabetes é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2, ou seja, entre 100-125 mg/dl de glicose de jejum. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de risco para desenvolver pré diabetes.
É importante destacar que 50% dos pacientes nesse estágio "pré" vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações.
Muitos pacientes, ao serem comunicados de que têm pré-diabetes, não enxergam ali uma oportunidade de rever hábitos. Deixam para ‘cuidar’ quando o problema se agrava. Só que o pré-diabetes pode prejudicar nervos e artérias, favorecendo diversos outros males, a exemplo de infarto e derrames.
A mudança de hábito alimentar e a prática de exercício físico são os principais fatores de sucesso para o controle. No entanto, para 60% dos pacientes, a dieta é o passo mais difícil a ser incorporado na rotina. Ao todo, 95% têm dificuldades com o controle de peso, dieta saudável e exercícios regulares. Lembre-se: ninguém morre de diabetes, e sim do mau controle da doença.
De acordo com a International Diabetes Federation, entidade ligada à ONU, existem no mundo mais de 380 milhões de pessoas com diabetes. Na maioria dos casos, a doença está associada a condições como obesidade e sedentarismo, ou seja, pode ser evitada. É possível reduzir a taxa de glicose no sangue com medidas simples. Perder de 5 a 10% do peso por meio de alimentação saudável e exercícios faz uma grande diferença na qualidade de vida.
Como controlar o diabetes
A medição do nível de glicose no sangue pode ser feita por meio de um monitor de glicemia (seja os glicosímetros que aferem a glicose capilar através da coleta de sangue da “ponta do dedo”, seja atraves de sensores de uso contínuo).
Importante: no início, pode haver alguma dificuldade para realizar esse gerenciamento e medição. Isso é absolutamente normal. Não se cobre demais e em breve o gerenciamento se tornará algo natural na sua rotina.
É importante seguir as orientações para que a medição seja feita nos horários corretos, nas situações corretas e com a frequência ideal. É importante anotar esses dados.
Sempre leve o seu monitor e o registro de suas glicemias com você quando for visitar o seu médico. Eles podem testar se seu monitor está funcionando perfeitamente e se você está checando-o corretamente. Também é válido levar anotadas as medicações que está usando ou, se usa insulina, qual a dose e os horários habituais. Para isso, guarde as prescrições de seu médico e exija dele que seu receituário seja feito de maneira legível.
Sempre use o cartão de identificação do diabetes
Por meio dele, todos saberão que o paciente tem diabetes e poderão agir com mais segurança em casos de emergência. O cartão deve trazer dados pessoais e alertar sobre o que fazer, principalmente, em casos de hipoglicemia, quando pode haver perda de consciência.
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A Dra. Claudine atende pacientes com diabetes, oferecendo suporte clínico e acompanhamento seguro da doença. Agende a sua pelo fixo (51) 3414-3537 e WhatsApp (51) 99729-1005
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