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Obesidade e Vacinas

Atualizado: 27 de jul. de 2024

Informações divulgadas na Nota Técnica ABESO/SBIm - 10/01/2024.


Pelo fato de a Obesidade ser uma doença crônica que pode causar ou agravar outras doenças -  inclusive através de fatores imunológicos - a ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) e a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) publicaram neste ano uma nota técnica a respeito da vacinação de paciente portadores de obesidade.



Trago aqui algumas informaÇões que podem ser bastante úteis sobre tudo que já é cientificamente conhecido a respeito do tema.


INFLUENZA


A obesidade demonstrou ser um fator de risco independente para o aumento de complicações relacionadas à influenza, incluindo hospitalização e morte. Somado a isso, um IMC elevado tem sido associado a uma resposta imunológica reduzida à vacinação contra a gripe


Desde que disponível, a vacina influenza quadrivalente (4V) é

preferível à vacina influenza trivalente (3V), por conferir maior

cobertura das cepas circulantes. Na impossibilidade de uso da vacina

4V, utilizar a vacina 3V;


Atualmente, o Ministério da Saúde do Brasil inclui apenas pessoas com obesidade grau III na lista de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais a receberem a vacina influenza em qualquer idade2. Da mesma forma, o ACIP (Advisory Committee on Immunization Practices) aponta pessoas com IMC ≥ 40 kg/m2 no grupo de alto risco para complicações médicas relacionadas a influenza3. No entanto, adultos com IMC ≥ 30 kg/m2 têm maior risco de hospitalização e de casos graves por influenza.


Doses anuais.



COVID 19


Em relação à efetividade da vacina nessa população, há evidências de proteção contra covid-19 grave em pessoas com sobrepeso ou obesidade que foram vacinadas, com magnitude semelhante à de pessoas eutróficas doses: a depender de dados epidemiológicos atualizados e disponibilidade de vacinas.



HEPATITE B


A vacina cintra hepatite B está especialmente recomendada para pessoas com obesidade e está preconizada também a sorologia para dosagem de anti-HBs, a ser realizada de 30 a 60 dias após a última dose do esquema.


Três doses: 0 - 1 - 6 meses.



TETANO

Calendários vacinais conforme esquema preconizado para as faixas etárias, incluindo os reforços.



PNEUMOCOCO


Não existem, até o momento, recomendações específicas para o uso de vacinas pneumocócicas para pessoas com obesidade, mas os achados na literatura possibilitam sugerir que a decisão seja compartilhada entre médico e paciente;


Sempre que possível, utilizar as vacinas pneumocócicas conjugadas 13-Valente (VPC13) ou 15-Valente (VPC15);



HERPES ZOSTER


Não há relato na literatura de correlação entre obesidade e risco aumentado de herpes-zóster.


Pessoas com obesidade devem seguir a recomendação do calendário por idade.

Recomendação: Rotina, a partir de 50 anos.


DENGUE


Vários estudos constataram que pacientes com obesidade têm apresentações de dengue mais graves e com piores prognósticos. Pacientes com obesidade tem 38% mais chances de desenvolver infecção grave por dengue em comparação com pacientes não obesos.


Não existem, até o momento, recomendações específicas para pessoas com obesidade, mas os achados na literatura possibilitam que a decisão seja compartilhada entre o médico e o paciente;


O calendário da SBim recomenda duas doses da vacina Qdenga®, independente de contato prévio com o vírus da dengue, em pessoas com idade entre 4 e 60 anos. A Dengvaxia®, em três doses, é indicada somente para soropositivos para dengue entre 6 e 45 anos e é

contraindicada para imunodeprimidos, gestantes e lactantes.




Confira o documento na íntegra e calendário da SBIm:

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